terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Hugby in Recife, abre que lá vem a manada!


Mais uma da série: A lindeza dos transpostes públicos em Recife!

Desta vez, em foco : O abrir das portas!


Você que acorda (apulso) em plena segunda-feira. Arruma-se todo, capricha no perfume para durar o dia todo, e sai de casa na ilusão de que vai continuar lindo, cheiroso e como cabelo só com o SEU cheiro, dai, acontece que você tem que dirigir-se para estação mais próxima para apanhar o metrô, e eis que começa sua tentativa de chegar ao trabalho, faculdade e afins, sem parecer um ser humano que ficou perdido no meio do nada por 2 meses, descabelado, não muito cheiroso e muito, mais muito puto da vida! Você se posiciona estrategicamente de forma com que você fique mais ou menos parado em frente as portas do metrô, a rotina tem dessas coisas, você sabe horários e posicionamento dos transportes públicos. Para quem não sabe e para quem nunca andou de metrô, conheço pessoas que nunca andaram de metrô, existe um faixa amarela que foi posta para a 'segurança' do indivíduo, e exatamente a frente dela que o "senhor usuário" fica, deve ser pra ter a sensação do ventinho que bate no nariz quando o trem passa quase acertando o mesmo, pois bem, começa para valer o posicionamento para a "largada".


Pés na linha amarela, bolsas e pastas devidamente apertadas contra o peito, e você no meio daquilo tudo tentando permanecer ileso. A partir dai começa o momento mais tenso da história, eis que chega o metrô. Encosta. Abrem-se um lado das portas para que seja descarregada a primeira parte de indivídos que ocupavam aquele trem. Ouve-se o primeiro sinal de que as portas serão abertas, você fica feliz porque conseguiu ficar exatamente em frente às portas.


E por alguns segundos enquanto o (a) maquinista se dirige de um ponto a outro do trem, você começa a sentir aquele bafo quente no seu cangote, você se sente exatamente igual ao seu umbigo quando você tenta colocar aquela calça um número menor, o espaço começa a desaparecer, a linha amarela você não vê mais, começa a dar uma angústia, uma agonia, você contrai mais ainda a bolsa no peito, se olha no vidro das portas ainda fechadas e acontece uma das coisas mais pardoxais que eu já vi na minha vida, aquele tanto de pessoas se aglomerando em frente a uma porta, empurra daqui, empurra dali, e não mais que de repente, um silêncio paira sobre aquela manada, op's, sobre aquelas pessoas (isso tudo enquanto o (a) maquinista está andando), é um silêncio tão grande que assusta, só se escuta a respiração e o ajeitar dos pés, momento de concentração e introspecção. É quando se ouve um barulho semelhante a uma panela de pressão, ou um simples "tjiiigi" que mais parece "preparar, apontar, fogo", as portas abrem-se, e você se achando sortudo porque ao seu lado está uma senhora simpática e indefesa e não um homem de dois metros de altura molhado de suor em plena segunda de manhã, dois segundos depois das portas serem abertas e você tentar colocar o primeiro pé pra dentro, você tem a certeza que preferiria o carinha de 2m de altura a pobre senhora, que no exato momento está lhe empurrando com o quadril avantajado, batendo com a sombrinha no seu joelho (incrível como só andam com sombrinhas), jogandoa bolsa na sua cara, e quando você tenta se movimentar novamente, a mesma senhora lhe encara novamente agora lhe empurrando mais forte, e fazendo cara feia como se tivesse sido você quem aplicou aquela tentativa de bloquei de futebol americano. No terceiro segundo das postas abertas alguém lhe empurra pra dentro, que você nem faz mais esforço pra se livrar da velhinha indefesa (--') e jogadora de hugby, a manada adentra o trem, os acentos são disputados a bloqueios, caras feias, empurrões e às vezes tapas.


No quarto segundo, você está, descabelado, com o perfume de umas 15 pessoas no corpo, com o joelho doendo dos ataques da 'pobre' senhora, suado mesmo o metrô tendo ar condicionado, com a roupa amassada que parece que você tirou de dentro de uma garrafa e vestiu, ofegante e com a velhinha simpática sentada ao seu lado como se nada estivesse acontecido que de quebra ainda lhe pergunta as horas e diz que vai chover.


Então, você que não tem nada a fazer pela manhã, quer um agito a mais, um esporte novo no seu dia-a-dia, gosta de lugares lotados, pois bem, meu amigo, venha fazer luta livre, hugby, jogo da cadeira, conosco, metrô é feito coração de mãe, sempre cabe mais um é como dizem "Metrorec, unindo as pessoas desde 1985"


ps: Todas as informações dadas acima também são aplicadas a um ônibus.

2 comentários:

  1. kkkkkkkkkkk...
    Tow adorando teu blog Amarela!

    Ah! eu passei por isso essa semana voltando pra casa, tipo...eu não entrei no metrô o POVO que me colocou lá dentro.Quase chego em casa sem calcanhar, sem braço...
    Foi horrívelll.rsrsrs


    bjO grande,

    Mari Gico

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  2. puraaa verdade....:P

    e já aconteceu um caso de uma mulher reclamar pra mim dizendo q eu estava apertando-a, e q tava ocupando muito espaço... ¬¬'
    lhe dei foi um fora, e disse q ela tava no lugar errado pra ta reclamando toda pomposa.. ¬¬'

    Beijooo!!
    Alana souza

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