segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que é Marcelo Jeneci?

       
    Adiantando que tenho um grande problema em falar de coisas que eu gosto, e se tratando desse moço é que a coisa piora ainda mais! Bem, conheci Jeneci há uns anos atrás, "o carinha que tocava teclado com Arnaldo", é, era essa a referência, mas parei para ouvi-lo quando uma conhecida, insistentemente, pediu-me para ouvir. E plim! Perguntei-me "O que é isso?!", de bom grado, claro! Apaixonei-me pela guitarrinha de "Dar-te-ei" (a mesóclise mais adequada do mundo), e segui mostrando para amigos, mãe, pai, porque eu achava que as pessoas deveriam ouvir aquilo, e ouviram, sou persistente! Dai liguei o nome à pessoa, "O carinha que tocava teclado com Arnaldo", era o mesmo que me deixara babando com o "Feito pra acabar", que me deixara babando pela sanfoninha particular em "Pra sonhar". Não tenho agência para fazer nenhuma crítica, analisar melodia, letra, ou qualquer coisa mais técnica, mas tenho ouvidos, coração e alma encantados e acalmados por esse moço.
     Agora, depois de um tempinho mastigando sem cansar as músicas dele, depois de alguns poucos shows, o último no dia 15, depois de reportagens lidas, vistos, e depois de ouvir comentários sobre a música, a pessoa, e de poder tê-lo, rapidamente, conhecido no carnaval desse ano, sinto que quando eu o ouço, dá uma coisinha lá dentro, sabe? Como quem tá apaixonado?! Quando o conheci não sei quem falou menos e, por timidez, agradeci e ouvi de volta um obrigado quase que não saindo. 
    Sim... O que é Marcelo Jeneci? Um músico incompleto. Antes que me atirem pedras, explico-me, incompleto porque quando se atinge a completude se perde a essência, nada se tem a mostrar, a fazer, é a música do frio na barriga, orgânica e acima de tudo "o carinha que não sai da minha playlist" e faz minha sobrinha parar de trelar quando ouve "Borboleta"!

sábado, 16 de junho de 2012

Nicolah e o dia 12



- Mãe? Mãe? Acorda! Diz Nicolah chacoalhando a mãe mais que uma batedeira!
- O que é menino? Que coisa, vai dormir!
- Não, não, mãe! É caso de urgência, vida ou morte. Diz o menino, ainda chacoalhando a mãe e arregalando os olhos!
- Tá! Vou levantar, mas depois não me venha dizer que vai me aborrecer com seus problemas com palhaço! Cambaleia a mãe, tonta de sono, até o banheiro.
Depois que ela sai o menino corre em direção a ela com algumas moedas e um pedaço de papel... E a mãe, curiosa, já apreensiva do que aquilo poderia ser, perguntou?
- Então, meu bem, do que se trata? E o menino desembestou a falar:
É que terça eu tava andando na rua e vi um monte de gente com flor, mãe, eu até procurei pra ver se achava algum caixão, fiquei meio aperreado de tanta flor que o povo tava carregando, fora, que era tudo igual, cheguei a imaginar de novo que era pro mesmo defunto! Ah, e aqui tá o número do IBAMA, a professora de ciências me deu, depois de eu insistir a semana toda, ai ela me deu é 326...
- É o que? Flor? IBAMA, fala devagar, me filho!
Foi que além de ver tanta flor esquisita, com aquelas coisas amarelas, só via urso, urso! O dia todo, mãe, quando não era flor era urso, ai resolvi dar esse dinheiro a senhora pra gente plantar as flores que esse pessoal todo arrancou, e nem sequer foi pra algum morto, e o IBAMA pra denunciar o cárcere privado dos ursos!
A mãe riu de gargalhar, abraçou o menino e disse:
- Foi dia dos namorados, Nicolah!
E o menino com toda a revolta ambientalista nas costas retrucou:
- Dia dos namorados? Então esse pessoal namora pra matar flor e criar urso? Mãe, que coisa! Coitadas dessas namoradas, quer dizer, coitadas não, no fim elas são cúmplice dessa chacina de flores e criação de urso em cativeiro. Desisti de libar para o IBAMA, mas mãe, compra as sementinha, será meu investimento caso eu encontre alguém que queria ser cúmplice de um assassinato de flor e não tenha crédito pra ligar para o IBAMA.

domingo, 3 de junho de 2012

Dos olhos


Fiquei bem de longe, é...
Mas ainda assim conseguimos nos olhar!
O verde, azul, nunca sei dizer, encheram meus olhos de saudade...
Nos fitamos por mais cinco segundos e concordamos:
É, estamos em falta um com o outro.