sábado, 27 de abril de 2013

Nicolah e Seu Epitáfio


Depois de chegar da escola Nicolah começou a mexer nos cds, dvds, revistas que falavam de música, e isso sua mãe percebeu a "lógica" da procura quando viu uma pilha esses objetos no meio da sala, isso durou cerca de meia hora, até que ele parou, sentou no sofá e, como de costume, balançando as pernas com a testa enrugada disparou para a mãe:
- Mãe, hoje conheci um tal de Epitáfio, mas minha professora não mostrou a cara dele, e disse que ele era metido com essas coisas de jazz. E a mãe sem entender pediu para que ele explicasse melhor, e então ele o fez.
- Foi minha professora que falou desse senhor, mãe, Epitáfio e sempre que alguém morria ele aparecia, e sempre diziam "aqui jazz"...
- Mas filho... A mãe tentou interromper, mas ele continuou! 
- ... aí eu fui procurar nos cds da senhora e do pai pra saber o que mais tem de música pra Seu Epitáfio parar de desejar jazz pra todo mundo, sabe, a pessoa que morre pode se ofender, não gostar de jazz...
E a mãe já caindo na gargalhada não conseguia falar nada, então ele prosseguiu.
- ... vou fazer uma lista para dar a professora e vou pedir para ela entregar a Seu Epitáfio, e quando alguém for pro céu ele vai dizer "aqui samba", "aqui soul", "aqui forró", "aqui funk" acho muito mais justo!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sábado

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E fiquei ali olhando, esperando que abrisse os olhos, não sabia se dormia ou se esperava por um beijo, carinho, não sei... Não dei beijo, muito menos carinho e continuei olhando, desviei o olhar para a varanda só para ter certeza que só eu tinha o privilégio de olhar para àquela imagem, quando voltei o olhar, no canto do olho, do olho esquerdo havia uma lágrima, uma gota pequena, mais parecia uma pequena poça, um lago, qualquer coisa que eu quisesse que fosse... E eu? Eu quis que fosse a luz dela dizendo que me amava naquela tarde de sábado.