domingo, 29 de maio de 2011
Ah o cheiro...
domingo, 15 de maio de 2011
Esse troço de sair rimando...
Mas os senhores ão de me entender
É que esse troço de falar de amar deixa a gente meio meloso
E que mesmo com a corda no pescoço não tira o pobre do sorriso do rosto
Pode se passar sei lá quantos anos, mas não esquece o danado daquele gosto
Não tem cigarro, vinho, nem beijo no fim da noite que desate
A o caminhão de nós do ser insoneado,
Abestalhado, danado de raiva, melodramando dizendo que a vida é um desastre
Pense num cabra dramático é o que alega amar
E jura todo dia até pros santos que não conhece que isso vai acabar
Que não vai ligar, vai desdenhar, vai se apegar ao desamar, ele atesta!
Daí no meio da tarde recebe um telefonema que deixa ele bobo com a mulesta!
Se arruma todo pimpão
Na pauta dos assuntos da saída ele risca a negação, não, é fora de cogitação
As promessas ele manda pra... Praquele lugar que falar não cabe a um cidadão
E mais parece que pra quem (alegadamente) ama todo ditado negativo vem a calhar
É como dizem, nada está tão ruim que não possa piorar...
Olhe, que é um negoço complicacado
Porque além de tudo tem esse coração safado
Que vem e se afeiçoa por outro coração que não é nada comportado
E fica essa senvergonhice
Um dia coração enrolado
Outro dia coração cúmplice safado
Sem juízo de valor algum, o coração é pior que menino pequeno quando quer doce
É todinho dado
Ainda tem esse peito com alma e pé na boemia
Bate logo uma vontade de acender um cigarro
Mesmo quem não fuma, pra tirar essa agonia
Que cá dentro pensa que o corpo é orgia
Que cá dentro pensa que o pensamento é terra de ninguém
E pior que esse coração, também cá dentro, se mostra vagabundo sem merecer um vintém
Dá todos os defeitos do ser (alegadamente) amado
E dois minutos depois vem com um MAS desconcertado
Mas...Mas... Vai entender, o fato é que o ser fica abestalhado
Fica cheio dessas rimas pobres aqui desfiladas
Exagera no perfume, no abraço e nas olhadas
E quando o amor alegado se dá por terminado
Vira tudo culpa desse coração safado
Que já bota um ponto final querendo amar
Querendo sambar com outro par e variar
Variar nos defeitos, dizer mais uma vez que é capaz de superar
E desde que se impolgaram nessa coisa de rimar
E casaram amor e humor
Desculpe, meu senhor
Mas trate de desavergonhar esse coração e apresentá-lo ao amor
E não se preocupe se não lhe causar uma boa impressão
Que sempre alguém quando tiver sem argumentação
Vai dizer: isso é coisa do coração, isso é coisa do coração!