domingo, 20 de novembro de 2011

Era uma casa...


Era uma casa...
Nem tão engraçada assim, tem teto, tem matéria prima para amor de muito, tem tanta coisa...
Têm móveis de valor afetivo, carinho e uma manhosidade sem tamanho.
De certo é igual a do Sr. Moraes, não tem chão, nem parede é feita de nuvem de algodão doce,
No porão do céu...
Não é a casa dos sonhos, nem é tão confortável assim, é confortante, com cheiro de baunilha.
O espaço é pequeno, grande demais para sentimentos mesquinhos...
Ah, lembrei... Tem uma estante, um abajur, uns versos trancados na gaveta.
Tem muita luz, muita sede e poucos copos,
Tem o aconchego da nossa própria casa, tem homônimo de lar.
A casa é um coração!
Os botões da blusa, da flor, dos olhos, abrem-se e a casa se enche de  vento
Se por muito merecer do coração, a casa se torna morada do amor,
Discorda de quase tudo, do poeta, do quinto verso...
Mas põe no endereço do novo lar do amor:
"Rua dos bobos, Nº 0"
Afinal, o que seria do amor sem esta rua?

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