terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bilhete de café da manhã


6:30 da manhã. Pedaço de papel quase caindo da mesa, amassado, letra tremida, e misteriosamente úmido...

"Quase amor,
Teu gosto anda como café quente na língua queimada,
Incomoda o dia todo.
Como chocolate amargo, por mais que eu beba água teu gosto não sai,
Não sai!
Ficou impregnado em minha língua!
Aqui na cabeça teu cheiro ainda enrola meu cabelo,
Mas é teu gosto que me deixa impaciente,
Ai, quase amor, tu tens gosto de café da manhã,
O cheiro do teu café molhando os lábios, a gota no canto da boca
E o guardanapo sujo de açúcar
Tens gosto de fome da 10:30, lanche da tarde, doce antes do jantar,
Gosto de dia inteiro!
Enfim, quase amor...
Tive um pesadelo esta noite,
Então acordei para sentir teu gosto,
E não quis te acordar só para dizer que o açúcar acabou...
 Bom dia, gosto meu.
Bom dia, quase amor."


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