segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Outubros, setembros, carnavais...


Só faltava uma gota de beleza,
Dois copos d'água,
Um copo para cada corpo
Um corpo que pára o congestionamento de almas
Quatro ondas para cada sonho inacabado
E o trem que sempre sai da estação fazendo-a acordar antes que sinta
Sinta o a flor na pele e o mundo na cor dos olhos dela
Os cílios matinais deixados no travesseiro, salgados, sempre com marcas de dedo
Pedidos espalhados pela cama
Os corpos mexidos e uma xícara de café cru
E as marcas do trem que nunca alcançou em seu pescoço
Marcas sem cicatrizes, marcas pelos caminhos desenhados em suas pernas
Tatuagens de outubros passados, dos setembros futuros do carnavais de março
Então o último pingo de beleza deslizou na boca da sua taça de vinho
Embriagou-se da última safra de felicidade
E na insônia seguinte alcançou o trem, sem indicação de destino
Entrou e repousou os lábios uma, duas, três vezes
Beijou as mãos, a nuca e os olhos do amor.








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