Chegue cá
Corra,vá
Molhe mais
Vê, há algo seco demais nesses toques todos
E a flor que desejo plantar nem nome tem
Só sei que brota em olhar
Em todo pedaço de pano
Em todo vasinho plástico
Até nessa terra seca
Escuta só
É só você chamar
Chama três vezes
Flor? Flor? Flor?!
É só falar
Porque tudo dito de coração a terra ajuda
Grita lá
Em coração calado a flor não nasce
Mas as flores nascem todas em preto e branco, só o esbolço
Ela encosta a pétala no teu ouvido e diz:
- Pode colorir como amor que quiseres
Você não ouviu?
Vai nascer mais um amor pintado, disfarçado de flor
Descanse cá,
Não te procupes, não vais sujar a roupa
Tenho dois pincéis e tinta guache
Para quando cansares de um amor
Jogar água e lavar, não deixa manchas nem marcas
Mas se quiseres uma flor para a vida inteira
Tenho um lápis de cor diferente para colorir cada dia da tua semana.
Cachinhos,
ResponderExcluirUma poetiza de primeira!!!
Achei o poema muito lindo, meigo, doce e pueril.
Quanto à técnica, achei muito bem disposto, criativo e com um ritmo que no início tem uma levada e no final tem outra, marcando a essência do sentimento que lá se figura.
"Tenho dois pincéis e tinta guache
Para quando cansares de um amor
Jogar água e lavar, não deixa manchas nem marcas
Mas se quiseres uma flor para a vida inteira
Tenho um lápis de cor diferente para colorir cada dia da tua semana."
Destaco o que achei mais lindo e que mui me apetece por ser bem a minha cara (e bem Maria Bethânia, kk).
Adorei esse seu lado!
Xêrinho!