segunda-feira, 9 de julho de 2012

Nicolah e o galo


Nicolah costumava acordar bem cedo, ia para a janela e ficava tentando achar os galos da vizinhança que cantavam, mas ele não os via. Um em específico o deixava curioso. Mas nesse dia, deu sete, oito da manhã e nada do menino se levantar, até que sua mãe foi até o quarto para saber o que estava acontecendo. E o encontrou só com a cabeça para fora do lençol, olhando para o os desenhos do teto e com um relógio ao lado do travesseiro.

Mãe: Nicolah, tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
Ele: Não, quer dizer, mãe, não sei, é esse galo que...
Mãe: Que galo, menino?
Ele: Esse, mãe, que começa a cantar antes de todos os outros. Todo dia às três e quarenta e cinco da manhã.
Mãe: Ô, menino, e o que é que tu estás fazendo acordado essa hora?
Ele: Sendo educado com o galo, né, mãe! A senhora não me disse que a gente nunca deve deixar ninguém falando sozinho? Se ele canta, eu acordo para ouvir.




Nenhum comentário:

Postar um comentário