quinta-feira, 3 de maio de 2012

Mala e cuia



Juro que não abri a porta
Ou qualquer filete de luz que desse na minha casa!
Quando olhei para a sala
Tava lá...
Mala, amor e cuia!
Pintou tudo de branco
Foi logo arrumando a bagunça,
O caos que havia sido deixado
Meses e meses sem arrumar uma gaveta
Sem tirar um grão de pó qualquer de cima dos livros
Hesitei, assumo, desarrumei várias vezes
Resistência (in) consciente já (des)esperada!
Então cedi, cedi pelo cansaço,
Ajudei a arrumar o quarto,
Troquei o lençol, a música de fundo e o cheiro dos (in)cômodos
Não abri nem fechei a porta, deixei como estava
E antes que eu pudesse dormir,
Achou a chave que eu havia perdido há meses atrás
Apagou as luzes, e deu a pele o que a pele precisava...
Outra pele, outro amor...
De mala, carinho e cuia.

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