domingo, 15 de maio de 2011

Esse troço de sair rimando...

Desculpe o assassinato que ei de cometer

Mas os senhores ão de me entender


É que esse troço de falar de amar deixa a gente meio meloso


E que mesmo com a corda no pescoço não tira o pobre do sorriso do rosto


Pode se passar sei lá quantos anos, mas não esquece o danado daquele gosto


Não tem cigarro, vinho, nem beijo no fim da noite que desate


A o caminhão de nós do ser insoneado,


Abestalhado, danado de raiva, melodramando dizendo que a vida é um desastre


Pense num cabra dramático é o que alega amar


E jura todo dia até pros santos que não conhece que isso vai acabar


Que não vai ligar, vai desdenhar, vai se apegar ao desamar, ele atesta!


Daí no meio da tarde recebe um telefonema que deixa ele bobo com a mulesta!


Se arruma todo pimpão
Na pauta dos assuntos da saída ele risca a negação, não, é fora de cogitação


As promessas ele manda pra... Praquele lugar que falar não cabe a um cidadão


E mais parece que pra quem (alegadamente) ama todo ditado negativo vem a calhar
É como dizem, nada está tão ruim que não possa piorar...


Olhe, que é um negoço complicacado


Porque além de tudo tem esse coração safado


Que vem e se afeiçoa por outro coração que não é nada comportado


E fica essa senvergonhice


Um dia coração enrolado


Outro dia coração cúmplice safado


Sem juízo de valor algum, o coração é pior que menino pequeno quando quer doce


É todinho dado


Ainda tem esse peito com alma e pé na boemia


Bate logo uma vontade de acender um cigarro


Mesmo quem não fuma, pra tirar essa agonia


Que cá dentro pensa que o corpo é orgia


Que cá dentro pensa que o pensamento é terra de ninguém


E pior que esse coração, também cá dentro, se mostra vagabundo sem merecer um vintém


Dá todos os defeitos do ser (alegadamente) amado


E dois minutos depois vem com um MAS desconcertado


Mas...Mas... Vai entender, o fato é que o ser fica abestalhado


Fica cheio dessas rimas pobres aqui desfiladas


Exagera no perfume, no abraço e nas olhadas


E quando o amor alegado se dá por terminado


Vira tudo culpa desse coração safado


Que já bota um ponto final querendo amar


Querendo sambar com outro par e variar


Variar nos defeitos, dizer mais uma vez que é capaz de superar


E desde que se impolgaram nessa coisa de rimar


E casaram amor e humor


Desculpe, meu senhor


Mas trate de desavergonhar esse coração e apresentá-lo ao amor


E não se preocupe se não lhe causar uma boa impressão


Que sempre alguém quando tiver sem argumentação


Vai dizer: isso é coisa do coração, isso é coisa do coração!

Um comentário:

  1. Por que querer explicar coisas do coração?!
    "e casaram amor e humor", adorei!

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